Hoje visitei a Biblioteca Central de Marinha e o respectivo Arquivo também.
Deparei-me lá com peças de cultura fabulosas e relíquias documentais que poucos devem saber que existem. Encontrei também um sonhador; alguém que zela por todo aquele espólio e que luta pela sua manutenção, apesar da pouca atenção que esta Unidade tem merecido nos últimos anos.
“São tempos difíceis” - vai dizendo - “e compreendo que os navios tenham prioridade sobre o passado….o orçamento não dá para tudo…” - Enquanto pronuncia estas palavras noto uma mágoa profunda que os seus olhos não conseguem esconder. “É um sonhador” - penso para comigo. Sem dúvida, é um sonhador, que quer fazer acreditar que já se resignou à realidade. “Já não me permito a desilusões!”, afirma. É um direito que lhe assiste, mas a mim não me convence. Uma vez sonhador, sonhador para sempre, embora ainda que por trâmites diferentes.
Os sonhos não hão-de nunca acabar, apenas se alteram consoante a vida.
1 Comentários:
Às 1:04 da tarde, julho 31, 2006 , Madalena disse...
"Os sonhos não hão-de nunca acabar, apenas se alteram consoante a vida."
Bela forma de acabar um post... :-))*
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