Sexta por voltas das 2100 toca o telemóvel. Uma voz do outro lado pergunta de imediato: “Onde estás? Estás a conduzir? Estás quase a chegar?” ao que placidamente retorqui que ainda não tinha saído de casa. Não é que não me apetecesse ir, não me apetecia era voltar, ou melhor, não me apetece, nunca, as despedidas, nem que seja um simples até já, que frequentemente se transforma em semanas e muitas vezes em meses. (Gosto do que faço, gosto donde estou; desgosto da diferença espacial que me separa de alguns…)
Depois de arrumar a mala, ver os emails pela última vez, voltar para trás para verificar se o gás estava mesmo desligado e sei lá mais o quê…. lá me fiz à estrada.
Saí de casa à hora que era esperada no meu destino. Abalei e já o sol tinha adormecido por completo. As músicas de um cd novo, que fui descobrindo ao longo das 3 horas de viagem, e ao qual dedicarei um post, um dia destes, foram a minha única companhia. Na escuridão da noite fui, ao ritmo das melodias, escutando o meu interior e reflectido sobre os últimos acontecimentos. Estar comigo só. Como preciso às vezes….!
Cheguei e tudo estava calmo, como que adormecido. A antítese dos dois dias agitados que se seguiram. E que passaram tão depressa (passam sempre).
De regresso a casa faço o caminho inverso de há dois dias atrás. Ponho o mesmo cd e cá vou eu. Percorro as estradas do meu pensamento e as ponderações que faço já não são as mesmas. A estrada está diferente e eu também.
Prometo a mim própria voltar e matar saudades (e a Sehnsucht também*.)
* a explicar num dos próximos posts.
2 Comentários:
Às 1:54 da tarde, agosto 29, 2006 , kikas disse...
Parece-me ser a diferença entre o estar acordada e o viver, será?
Às 9:52 da tarde, agosto 29, 2006 , S@ra disse...
:-) Contigo...na estrada de uma vida! O percurso não o achas, constróis!
Para mudar os pneus: cá estou eu, que isto do body pump começa a dar frutos! :-)
Com Amizade...
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